Mais que uma biografia, o filme "O Corvo Branco", conta uma história de amor à dança.
Dança clássica, dançada em teatros magníficos, no caso em tela, preservados pelo regime comunista da extinta URSS.
Foi por manter o teatro e o balé clássico que o menino Rudi, oriundo de uma cidade proviciana da Rússia, teve a oportunidade de sonhar em ser o célebre bailarino Rudolf Nureyev.
Foram os candelabros e as cortinas de veludo do teatro que abriram os olhos do menino para o mundo das artes.
Por isso, também, é um filme da amor às artes.
As cenas no Museus do Louvre e da Sainte Chapelle de Paris são emblemáticas e sublimes.
Desajeitado e ansioso, Rudí, em seu começo como bailarino, teve que superar imensas barreiras para se tornar Rudolf Nureyev.
Temperamental e egóico, como todo gênio, escolheu seu mestre que lhe ensinou além de uma técnica refinada a filosofia da arte.
Quando finalmente obteve o reconhecimento internacional em Paris não titubeou em pedir asilo político à França.
Como confessou ao seu comissário político: "não me interesso por política" - de fato, seu mestre declarou no inquérito sobre sua deserção: "foi pela dança".
Nureyev fez jus ao seu apelido de infância, "Corvo Branco", o excêntrico, desajustado, que não se deixou integrar.
Porto Alegre, 3 de setembro de 2022.
Imagem: cena do filme, Google
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