sábado, 3 de setembro de 2022

O Corvo Branco

 


Mais que uma biografia, o filme "O Corvo Branco", conta uma história de amor à dança.

Dança clássica, dançada em teatros magníficos, no caso em tela, preservados pelo regime comunista da extinta URSS.

Foi por manter o teatro e o balé clássico que o menino Rudi, oriundo  de uma cidade proviciana da Rússia, teve a oportunidade de sonhar em ser o célebre bailarino Rudolf Nureyev.

Foram os candelabros e as cortinas de veludo do teatro que abriram os olhos do menino para o mundo das artes.

Por isso, também, é um filme da amor às artes.

As cenas no Museus do Louvre e da Sainte Chapelle de Paris são emblemáticas e sublimes.

Desajeitado e ansioso, Rudí, em seu começo como bailarino, teve que superar imensas barreiras para se tornar Rudolf Nureyev. 

Temperamental e egóico, como todo gênio,  escolheu seu mestre que lhe ensinou além de uma técnica refinada a filosofia da arte.

Quando finalmente obteve o reconhecimento internacional em Paris não titubeou em pedir asilo  político à França.

Como confessou ao seu comissário político: "não me interesso por política" - de fato, seu mestre declarou no inquérito sobre sua deserção: "foi pela dança".

Nureyev fez jus ao seu apelido de infância, "Corvo Branco", o excêntrico, desajustado, que não se deixou integrar.



 

Porto Alegre, 3 de setembro de 2022.

Imagem: cena do filme, Google

Edu Cezimbra

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