segunda-feira, 8 de abril de 2024

Ponte Férrea

 


 "Sem dúvida nenhuma, ela é uma obra grandiosa. Do chão, é impossível avistar toda a extensão dessa que é a maior ponte férrea da América Latina. Construída no inicio do século passado, a Ponte Férrea de Cacequi/RS tem mais de 1,5 quilômetro e fica na Praia dos Dourados, no Rio Santa Maria.
A obra-prima de engenharia, que nos tempos áureos da ferrovia permitia o acesso a Santana do Livramento e a Uruguaiana, hoje divide a paisagem com a areia do rio Santa Maria e com as lavouras de arroz de Cacequi. Ela fica dentro de uma propriedade privada e não é mais permitido o acesso ao público."

A descrição dos "Amantes de Ferrovias" da ponte férrea sobre o rio Santa Maria é correta e me trouxe boas lembranças.

Foi lá por 76 que comecei as viagens de trem entre Alegrete e Santa Maria, e vice-versa.

Como já contei em outra postagem nesse blog gostava muito de fazer essa viagem de trem entre minha cidade natal e a cidade universitária onde estudava para o vestibular.

A experiência de cruzar a ponte férrea sobre o rio Santa Maria era culminante, o clímax da viagem.

Porque era realmente uma aventura cruzar o rio e sua praia de areias brancas através de uma ponte com 1,5 km de extensão.

O trem diminuía, ainda mais, a velocidade e a travessia parecia interminável, prolongando o prazer...

Tive essa mesma experiência culminante quando cruzei a ponte férrea adaptada para o transporte rodoviário sobre o rio Ibicuí, entre Uruguaiana e Itaqui.

Tem-se a impressão de entrar em uma ponte para outra dimensão...

Pontes férreas são altas e suas grades de proteção aumentam a sensação de movimento.

Tenho a impressão de que levam a um transe hipnótico ajudado pela cadência monótona do trem sobre os trilhos.

Recordo que depois de cruzar a ponte férrea a viagem ficava diferente com a ampliação da consciência.

Agora que não há mais trens de passageiros cruzando a ponte férrea resta esperar a volta desse meio de transporte mágico...

 

 

Porto Alegre, 8 de abril de 2024.

Imagem: Amantes de Ferrovias, Facebook

Edu Cezimbra  

 

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