Depois de muitas décadas, o escritor gaúcho Dyonelio Machado, natural de Quaraí, obteve o merecido reconhecimento nacional.Em uma entrevista contou uma anedota sobre o tardio reconhecimento:
- Eu temo que essa coisa fique muito grande e depois caia. Isso tem que vir devagar, às colheradas. Um cidadão, que havia ido a um sebo comprar um livro antigo, certa vez me perguntou: "Mas por que os seus livros estão sendo procurados?". Eu respondi: "Foi porque eu morri". Então ele me disse: "Ah, deixe disso!". Eu retomei. "Foi morte sim, porque somente depois de morto o escritor foi reconhecido”.
Conclui a anedota filosofando: - Há várias mortes, e me pegaram para uma delas.
Falou ainda Dyonelio que toda morte é ruim, mas convenhamos que é melhor ser um vivo morto do que um morto vivo...
Porto Alegre, 7 de maio de 2025.
Imagem: caricatura de Dyonelio Machado. Google
Edu Cezimbra

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