Era uma vez, em um reino muito distante, um rei muito bonzinho, com uma rainha e filhas muito lindas e um povo muito, mas muito feliz.
- Pára!, lá vem você de novo com esses contos de fadas repetidos!...
Calma, caro e raro leitor, a frase introdutória é meramente ilustrativa. Há de concordar que os contos de fadas iniciam mais ou menos assim, sempre que envolvem reis, rainhas e princesas.
-Óbvio, por isso são contos de fadas!
Por que será que os reis e rainhas são sempre tão bonzinhos e o povo tão feliz, bonachão e saudável nesses contos de fadas?
- Puxa, não tinha pensado nisso... Será que os contistas eram os publicitários da época? Ou jornalistas a favor do rei? Bom, ao menos não eram marqueteiros eleitorais...
Pois é, pois é...E pela sua perspicácia, caro leitor, já deve ter percebido que esses contistas além de defenderem os seus empregos, ou no caso dos reis, a sua proteção e predileção, também protegiam o estimado pescoço, - dos próprios...
- Vem cá...e o bobo da corte, que podia falar brincando as verdades sobre o rei e sua corte?
Sim, e você conhece algum bobo da corte em contos de fadas?...
- Pior que não...
Imagina, um bobo da corte inventando um conto, - sem fadas -, no caso:
"Hoje mesmo, bem aqui nesse reino, nesse salão, o rei teve um piripaque e mandou cortar a cabeça de um servo, por reclamação da rainha, pois estava comendo seu brioche, enquanto sua princesa humilhava os filhos dos servos, que passavam fome e doenças, morrendo aos montes, sem nenhuma assistência."
Então, caro leitor, gostou dos "contos de bobos"?
- Olha, está muito "engraçada" a história, mas melhor parar por aqui, lembrei que tenho que assistir o JN, para saber as notícias do dia...
Sim, "melhor" parar por aqui, mas antes uns singelos versinhos:
Quem detém um monopólio
De TV, rádio e jornal
Não tá nem aí pra história.
- Tá é de olho no espólio...
Porto Alegre, 12 de julho de 2017.
Edu Cezimbra
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