"Somos feito da mesma matéria de nossos sonhos", diz Próspero, personagem de Shakespeare.
Sonhos e matéria, contradição de termos, apenas para uma mente cartesiana...
Concreto e ilusões, mas o concreto também é matéria de nossos sonhos, especialmente dos arquitetos modernistas.
Curioso como um cientista da genialidade de Einstein reputa a imaginação como fator primordial para qualquer descoberta científica, não?
O científico e o utópico, outra oposição acadêmica que se desmancha no ar graças ao velhinho descabelado e linguarudo...
As "coisas" tem mais a ver com o inanimado, certo? E há também as "coisas da vida" que não se restringem a um acidente automobilístico ou da construção civil...
O substantivo soa parecido com o subjetivo, e uma ação concreta depende de um verbo para acontecer.
Há "coisas da vida" que são imateriais e indispensáveis para a existência de cada um, entre elas os vínculos afetivos.
São as "coisas boas" que nos acontecem, felizmente...
Não obstante muitos exigem coisas concretas, já eu, prefiro coisas boas tais quais matas e bambus para escapar do concreto para o vital.
Como disse o genial Chaplin, nosso imortal Carlitos:
" Mais do que máquinas precisamos de humanidade. Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido."
Porto Alegre, 21 de julho de 2017.
Imagem: Portal das Missões
Edu Cezimbra
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