Gosto de assisitir velhos filmes pois estes permitem ver a história não contada ou "descontada"...
Faça-se o devido parêntese: para quem desconhece a história ocultada pelos vencedores assistir filmes antigos é tão desinformativo quanto assistir o JN .
Faroeste, por exemplo, lembra cowboys, tiroteios e xerifes impondo a lei a qualquer custo...
Índios, poucos...- já tinham sido massacrados e os que restaram estavam confinados em reservas.
Negros parece que não habitavam a América do Norte, embora também massacrados no sul dos EUA.
Havia sim muitas mortes entre os brancos, entre um assalto a banco, roubo de diligências e brigas nos "saloons".
Dia destes assisti um faroeste "desarmado". Surpreendentemente, o xerife proibia homens armados nas cidades em que mandava.
Que eu saiba esse foi o primeiro "estatuto do desarmamento" a ser escrito mas como podemos deduzir pelos outros faroestes não prosperou...
Por outro lado, no mesmo filme, havia avisos na entrada de um rancho: "Os transgressores serão imediatamente alvejados".
"Há uma lei mais forte que a lei escrita, a do orgulho familiar", - fala de uma das personagens - resume o "espírito da época".
Da nossa época, diga-se de passagem, ao menos no que diz respeito ao Brasil, pelo que vemos neste faroeste caboclo ainda sem "The End"...
Porto Alegre, 25 de julho de 2017.
Foto: cartaz de "Faroeste Caboclo"
Edu Cezimbra
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