Um agricultor apanhou um rato em seu paiol e, antes de matá-lo, perguntou curioso:
- Rato, por que só comes a aveia e não comes o milho e a soja?
O rato, esperto, viu aí uma chance de escapar vivo da fatal situação.
- Homem, se eu te contar a verdade tu prometes me deixar vivo, são e salvo?
O agricultor coçou a cabeça, pensou um pouco, e prometeu ao rato:
- Prometo que te soltarei, - se me contares a verdade!
O rato que conhecia bem o homem, insistiu:
- Vais me soltar vivo, são e salvo?
- Promessa é dívida – reforçou o homem, beijando sua cruz.
Diante de promessa tão solene, o rato contou a verdade ao homem.
- Andei por um laboratório e vi ratos morrerem de câncer depois de comerem desse mesmo milho e soja que colheste.
- Ora, isso não é verdade, eu mesmo como desse milho e não morri, até conheço um homem que bebeu “randap” e não morreu, és tu que vais morrer, seu rato mentiroso!!!
O rato vendo-se condenado à morte, embora falasse a verdade, apelou:
- É que a morte é lenta, veja quantos morrem de câncer todo dia à tua volta!
O homem, indiferente à verdade, virou- se para apanhar um porrete e o rato esperto aproveitou para fugir por uma fresta no paiol, mas ainda teve tempo de gritar:
- Quero ver fazer arminha depois de morrer!
Moral da Fábula: ratos aprendem com a experiência, homens sofrem com a experiência, mas não dão a mão à palmatória.
Porto Alegre, 14 de novembro de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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