É ao entardecer que o gambá e o bugio se cruzam…
O bugio, hábitos diurnos, está indo para o seu galho dormir, enquanto o gambá, hábitos noturnos, vai para a “boemia”.
- Boa noite, “seu” Gambá, já vai encher a cara?!
- Boa noite, “dom” Bugio, cada macaco no seu galho!
- Não trabalha, não? Só quer viver na farra?!
- É que não meto a mão em cumbuca…
- Em compensação, mete a mão e o focinho no copo – riu-se o bugio.
- Eu sou gambá, mas não fico macaqueando os outros…
- Bebeu, “seu” Gambá?! De onde tiraste essa asneira?!
- Foste tu que macaqueaste o homem, dando-me essa fama - difamação, - melhor dizendo.
- Da mesma forma, quando me atribuis macaquices, estamos quites!
- Mas eu só bebo quando o bicho-homem quer me prender.
- E eu só faço macaquices depois que o bicho-homem me prende.
Embora até pareça, o gambá e o bugio não brigam, apenas fazem piadas fabulosas um com o outro, como bons amigos: ambos cuidam da floresta.
- Ao contrário do bicho-homem…- falaram, ao mesmo tempo, o bugio e o gambá.
Moral da fábula: papagaio come milho, periquito leva fama.
Porto Alegre, 4 de agosto de 2020.
Imagem: Cia das Mãos, Google
Edu Cezimbra
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