De todas as coisas que fiz ontem
Não me arrependo de nenhum momento
Em que não faria tudo novamente
Nem que fosse ao menos em pensamento.
Não há nenhum arrependimento
Em quem faz o que lhe faz contente,
O que não faria penosa e contritamente
Se obrigado do dever pelo tormento.
O que se faz por prazer é diferente,
Não há nada do que se arrepender
De tanto gozo e delírio transcendente
Se o que se faz capte e aprenda
Da vida o sabor único e surpreendente
Para fazer dela uma erótica legenda.
Porto Alegre, 30 de agosto de 2020.
Imagem: Toulouse-Lautrec, Google
Edu Cezimbra
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