"A Fuga", filme argentino, é uma parábola sobre a permanente fuga do impermanente em cada um de nós.
Mas, do que se foge, afinal?
A princípio da prisão, certo?
Ao fugir da prisão, porque se segue preso?
As respostas, embora unânimes, tem motivos diferentes.
O que nos mantém prisioneiros não é destino, mas escolha...
Há sempre um motivo para permanecer na prisão: político, pessoal, passional ou passivo.
Todos fugimos de uma prisão para ir de encontro à outra.
Um, por revanche, outro, por vingança, aquele, por retaliação.
A fuga, portanto, é ilusória quando se está preso a uma situação existencial.
O jogo é interminável para quem nele é viciado.
Portanto, a liberdade não se dá pela fuga, mas pela aceitação da condição humana.
É essa liberdade condicional que merece um "molumento", no dizer de um dos fugitivos...
Porto Alegre, 19 de agosto de 2020.
Imagem: cartaz do filme, Google
Edu Cezimbra
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