quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A Fuga


"A Fuga", filme argentino, é uma parábola sobre a permanente fuga do impermanente em cada um de nós.

Mas, do que se foge, afinal?

A princípio da prisão, certo?

Ao fugir da prisão, porque se segue preso?

As respostas, embora unânimes, tem motivos diferentes.

O que nos mantém prisioneiros não é destino, mas escolha...

Há sempre um motivo para permanecer na prisão: político, pessoal, passional ou passivo.

Todos fugimos de uma prisão para ir de encontro à outra.

Um, por revanche, outro, por vingança, aquele, por retaliação.

A fuga, portanto, é ilusória quando se está preso a uma situação existencial.

O jogo é interminável para quem nele é viciado.

Portanto, a liberdade não se dá pela fuga, mas pela aceitação da condição humana.

É essa liberdade condicional que merece um "molumento", no dizer de um dos fugitivos...



Porto Alegre, 19 de agosto de 2020.

Imagem: cartaz do filme, Google

Edu Cezimbra

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