sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Ya No Estoy Aquí



Mais uma "película" mexicana que abala as estruturas do pensamento único.

O que faz  "Ya No Estoy Aquí" ser tão impactante é a própria história do México e dos EUA, além de ser um bom filme, claro.

Visto dessa forma: quando a crise se torna histórica aparecem as alternativas, embora derrotadas,  ou, se quiserem, desprezadas.

Para o cinéfilo brasileiro, interessado em culturas da periferia, a analogia é com as batalhas do pezinho nas favelas cariocas.

A grande surpresa deste filme é  que a juventude da periferia de Monterrey curte música folclórica latino-americana, entre elas a cúmbia e outros ritmos batizados por ela de "colombianas" com uma pegada de "street dance".

Além disso, suas indumentárias e comportamento são tribais.

As disputas ocorrem entre as tribos, as "pandillas", e são um dos pontos altos do filme.

"Los Tercos" é o significativo nome da turma de Ulisses, o protagonista do filme.

Como sugere o título espanhol da "película", Ya No Estoy Aquí", esta nos mostra uma triste realidade do México e de todos os países latino-americanos dominados pelo "mainstream".




Porto Alegre, 15 de outubro  de 2021.

Imagem: cena do filme, Google

Edu Cezimbra

Nenhum comentário:

Postar um comentário