Nebulosas são
galáxias. A “nossa” galáxia chama-se Via Láctea. Até um tempo
atrás supúnhamos que era a única galáxia do universo.
Até que um sujeito
chamado Hubble, astrônomo, calculou que o “nosso” universo é
composto de muitíssimas galáxias e está em expansão.
Tudo isso
comprovado pelas equações de um outro sujeito chamado Einstein,
conhece?
Não só no espaço
há nebulosas. Em nosso pequeno planeta também há questões
nebulosas.
Por exemplo, as
cifras astronômicas advindas da especulação financeira e a
desigualdade universal que ela causa entre pessoas e nações.
Tão difícil quanto
perceber a distância que nos separa dos confins do universo é
percebermos a distância inconcebível entre os mais ricos e os mais
pobres da Terra.
O que muito ajudou
Hubble a medir a distância entre nós e as mais distantes galáxias
foram as explosões de estrelas.
Aqui entre nós,
também temos explosões sociais que nos avisam destas distâncias
abissais entre os povos e as gentes.
Mas qual a origem de
tempos tão nebulosos?
Pode ser que
diferente da concepção de universo, que a partir de Hubble e
Einstein foi totalmente modificada, nossos tempos nebulosos ainda não
tenham sido observados com olhos com alcance maior como fizeram os
astrônomos com as nebulosas.
Não é que faltem
teorias para explicar nossos problemas, mas essas parece que tornam
ainda mais nebulosas as soluções.
Uma coisa é
verificável: não serão os cálculos econômicos que iram
solucionar estas questões nebulosas.
Mais provável que
serão os “astrônomos e astrônomas" da alma humana, os artistas, que perceberão que o patrimônio
cultural da humanidade é vasto, tão vasto quanto o universo e precisa estar em expansão.
Se isso acontecer,
talvez tenhamos uma chance de mudarmos nossa concepção sobre nós
mesmos.
Porto Alegre, 1º de outubro de 2018.
Imagem: Van Gogh
Edu Cezimbra
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