“Entre as balas
alemãs e russas”, um círculo de fogo inescapável, onde morreram
milhares de soldados russos na Batalha de Stalingrado.
Uma batalha travada
por longos 180 dias e que mudou o rumo da Segunda Guerra Mundial, até
então vencida pelas tropas alemãs de Hitler.
Stalingrado era
estratégica. Ali, cruzando o Rio Volga, estavam as reservas
petrolíferas tão vitais para o abastecimento dos exércitos alemães
na sua conquista da URSS.
Com a cidade sitiada
ainda restam muitos civis, também entre as balas alemãs e russas, sobrevivendo miseravelmente.
Esse é o mote dessa
história, que começa com a morte de muitos recrutas russos, alguns
sem armamento, lançados na frente de combate para deter o avanço
alemão às margens do rio Volga.
Diante do poderio
militar alemão, a URSS usava os recrutas como “bucha de canhão”, sem nenhum treinamento militar, para morrerem pela pátria e pelo
camarada Stalin.
Quem recuasse da
frente de combate fugindo das balas alemãs era abatido pelas balas
russas do camarada Nikita Khrushchev, na retaguarda.
Nesse cenário de
terror um oficial de propaganda encontra por acaso um exímio
atirador, o jovem camponês Vassili, caçador de lobos.
A propaganda
soviética faz de Vassili um herói, um franco-atirador, matador de
oficiais nazistas, levantando o moral dos soldados e do povo de
Stalingrado.
Como sempre, em
filmes de guerra, não pode faltar o amor, representado pela jovem e
bela heroína, a judia Tânia, lutando ombro a ombro com Vassili.
Os combates
sangrentos são travados dentro da cidade, de casa em casa, e, nesse
cenário, trava-se o duelo entre o soldado Vassili e o major alemão König, atirador de elite, encarregado por Hitler de caçar e matar o jovem herói dos russos.
“Círculo de Fogo”
é um dos raros filmes sobre a frente russa da Segunda Guerra Mundial
realizados por diretores ocidentais, nesse caso o francês Jean-Jacques Annaud.
Um “prato
cheio”para quem gosta de História e de filmes de guerra…
Em filmes épicos, como sabe ser “Círculo de Fogo”, há uma lição a ser extraída da
história.
Para mim, a lição
que ficou é que não são as táticas de terror que venceram o ódio nazista, mas o amor à vida dos russos, a esperança e a tenacidade de derrotar um inimigo, até então imbatível, como eram os exércitos de Hitler.
Sem esquecer um
“círculo de fogo” bem maior que depois forjou a “Cortina de Ferro”.
Porto Alegre, 15 de outubro de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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