segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Círculo de Fogo


“Entre as balas alemãs e russas”, um círculo de fogo inescapável, onde morreram milhares de soldados russos na Batalha de Stalingrado.

Uma batalha travada por longos 180 dias e que mudou o rumo da Segunda Guerra Mundial, até então vencida pelas tropas alemãs de Hitler.

Stalingrado era estratégica. Ali, cruzando o Rio Volga, estavam as reservas petrolíferas tão vitais para o abastecimento dos exércitos alemães na sua conquista da URSS.

Com a cidade sitiada ainda restam muitos civis, também entre as balas alemãs e russas, sobrevivendo miseravelmente.

Esse é o mote dessa história, que começa com a morte de muitos recrutas russos, alguns sem armamento, lançados na frente de combate para deter o avanço alemão às margens do rio Volga.

Diante do poderio militar alemão, a URSS usava os recrutas como “bucha de canhão”, sem nenhum treinamento militar, para morrerem pela pátria e pelo camarada Stalin.

Quem recuasse da frente de combate fugindo das balas alemãs era abatido pelas balas russas do camarada Nikita Khrushchev, na retaguarda.

Nesse cenário de terror um oficial de propaganda encontra por acaso um exímio atirador, o jovem camponês Vassili, caçador de lobos.

A propaganda soviética faz de Vassili um herói, um franco-atirador, matador de oficiais nazistas, levantando o moral dos soldados e do povo de Stalingrado.

Como sempre, em filmes de guerra, não pode faltar o amor, representado pela jovem e bela heroína, a judia Tânia, lutando ombro a ombro com Vassili.

Os combates sangrentos são travados dentro da cidade, de casa em casa, e, nesse cenário, trava-se o duelo entre o soldado Vassili e o major alemão König, atirador de elite, encarregado por Hitler de caçar e matar o jovem herói dos russos.

“Círculo de Fogo” é um dos raros filmes sobre a frente russa da Segunda Guerra Mundial realizados por diretores ocidentais, nesse caso o francês Jean-Jacques Annaud.

Um “prato cheio”para quem gosta de História e de filmes de guerra…

Em filmes épicos, como sabe ser “Círculo de Fogo”, há uma lição a ser extraída da história.

Para mim, a lição que ficou é que não são as táticas de terror que venceram o ódio nazista, mas o amor à vida dos russos, a esperança e a tenacidade de derrotar um inimigo, até então imbatível, como eram os exércitos de Hitler.


Sem esquecer um “círculo de fogo” bem maior que depois forjou a “Cortina de Ferro”.


Porto Alegre, 15 de outubro de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra

Nenhum comentário:

Postar um comentário