Um incerto político
está a votar (nele mesmo, óbvio).
Ao teclar seu número
na urna eletrônica cai em uma espécie de redemoinho
espaço-temporal.
Rodopiando
vertiginosamente foi dar em um futuro próximo em que era o vencedor
da eleição.
Aterrisou direto em
sua cadeira presidencial e começou a vivenciar imediatamente as
consequências de suas indecisões, frutos de seus muitos despreparos.
- Presidente, o
Brasil faliu mais uma vez devido ao FMI, estamos sem reservas,
exauridas pela evasão de divisas para a Suíça.
-???...pô...
- Presidente, o seu
vice-presidente está aí fora exigindo mais poderes, juntamente com
todo o seu estado-maior, dele…
- O quê?!!
- Presidente, o país
inteiro está exigindo sua renúncia diante do caos que se instalou.
Os manifestantes estão cercando o palácio indignados com a
situação.
- Hã?!!
Foi então que ao
sacudir sua cabeça num gesto de negação da realidade voltou à sua
seção eleitoral.
Imediatamente
cancelou o voto nele mesmo praguejando.
- Pô, eu falei que
estas urnas eletrônicas estavam fraudadas, mas o petralha me paga,
vou me vingar votando nele!!!
Porto Alegre, 5 de outubro de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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