Quando a alma sente, o corpo se ressente.
Para mim, essa é a chamada para o filme húngaro "Corpo e Alma".
Um homem de meia-idade e uma mulher jovem tem o mesmo sonho.
Essa incrível, digamos, "sincronicidade onírica", é descoberta por acaso por uma psicóloga que faz testes em funcionários de um matadouro.
Este é o gancho de uma história de amor muito doida, inusitada, sem nenhum glamour, mas que prende do começo ao fim quem a assiste.
O filme retrata a solidão de um homem e e o medo de uma mulher.
O medo do contato físico e o isolamento impedem o amor.
O sonho que ambos sonham juntos traz um recado: enquanto não dissolverem o gelo deste inverno íntimo e intransferível não haverá conjunção carnal.
Pois é da carne que corre o sangue que deixará o espectador lívido...
Porto Alegre, 2 de março de 2020.
Imagem: cena de "Corpo e Alma"
Edu Cezimbra
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