Era um vez o "País do Futuro".
- Ah, um conto de fadas futurístico... - dirá o meu caro e raro leitor, com seu apurado senso crítico.
- Vai precisar de uma princesa à espera de um príncipe encantado - dirá minha cara e rara leitora, rindo-se.
Falar nisso, - já reparou que contos de fadas sempre acontecem em monarquias?
- Pior que é...
Era uma vez o "País do Futuro", muito distante, mas muito distante.
É outro "imperativo": ser distante de tudo, para que assim isolado do mundo possa existir conforme a vontade soberana do príncipe.
Era uma vez o "País do Futuro", onde o príncipe vivia em seu castelo no planalto defendido por seus cavaleiros de diversas armas.
Não se espante, caro e raro leitor, mas neste conto de fadas do País do Futuro não há essa diferenciação entre passado e futuro.
A motivação principal é justamente trazer de volta um passado que não foi seu para um futuro que perdeu.
Neste conto de fadas pós-moderno, o final é a saudade do futuro...
Porto Alegre, 6 de março de 2020.
Imagem; Google
Edu Cezimbra
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