No
catálogo do tempo
Cataloguei minhas lembranças,
Em um diário cotidiano
Fiz da vida esquecimento.
Mas a vida não tem catálogo,
Possui conteúdo frágil,
Embalado em papel jornal
De reles e prosaicos lapsos.
Em uma crônica amnésica
Deixo traços de ausências
De incontáveis histórias .
Náufrago da nau dos insensatos
Lanço ao mar mensagens cifradas
Em garrafas destampadas e quebradas.
Porto Alegre, 12 de julho de 2020.
Imagem: Salvador Dali, Pinterest
Edu Cezimbra
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