Uma equipe de filmagem desembarca em Cochabamba para gravar cenas de um filme sobre a “conquista” das Américas por Colombo.
A intenção é economizar usando figurantes e locações na Bolívia devido ao baixo orçamento do filme.
Como todo projeto, nem tudo sai como planejado, especialmente, pelo “conflito das águas” (título em português).
Não à toa o tema volta à tona, recorrentemente, pois há sempre um governo que insiste na privatização desse bem comum.
O ouro tão avidamente buscado pelos espanhois no século XVI transformou-se em “ouro azul” das águas, objeto de cobiça dos novos saqueadores.
O título em espanhol é autoexplicativo: “También la lluvia”.
A relação com os povos indígenas permanecerá sendo a de exploradores e explorados com os mesmos requintes de crueldade.
A “película” espanhola teve dificuldade de ser concluída na Bolívia porque os valores indígenas ainda são mantidos íntegros.
Há ações que são inaceitáveis para estes povos, entre elas, expropiar os bens comuns ou matar seus filhos...
Porto Alegre, 3 de julho de 2020.
Imagem: cena do filme, Google
Edu Cezimbra
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