Aprendi a andar nos trilhos na escola, ou melhor, quando saia dela.
É que ao voltar para casa voltava pelos trilhos do trem...
Literalmente, caminhava me equilibrando no trilho do trem.
Era um equilibrista dos trilhos!
O trecho mais emocionante era quando passava pela ponte de ferro da ferrovia.
Tem um espaço vazio entre os dormentes de madeira e eu via o rio caudaloso bem abaixo.
Ainda mais empolgante era quando me deparava com o trem na ponte.
Tinha que me encostar nela e o trem passava roçando o meu nariz (que minha velha mãe não saiba).
Já tinha desenvolvido esta habilidade de equilibrista antes de morar no "outro lado da ponte".
Antes de "andar nos trilhos" aprendi a "ficar em cima do muro", mas isto já é outra história...
Porto Alegre, 28 de julho de 2020.
Imagem: arquivo pessoal
Edu Cezimbra
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