segunda-feira, 6 de julho de 2020

Entre a letra maiúscula e o ponto final

O escritor Ken Follett, no romance "Eternidade Por um Fio", conta uma anedota em que o todo-poderoso Kruschev, líder máximo da URSS, preferiu que um roteirista condenado a trabalhos forçados na Sibéria permanecesse naquelas terras gélidas e distantes exercendo a função de eletricista.

Segundo Follett, Kruschev argumentou que um roteirista em Moscou não serve para nada, enquanto um eletricista na Sibéria tem mais utilidade. 

Uma anedota que ilustra bem a opção soviética pela industrialização forçada em detrimento da liberdade de expressão e da criação artística e cultural.

O preço dessa opção custou caro para o PC soviético como sabemos.

O que me lembra o dito de Neruda: "Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias"...


Porto Alegre, 7 de julho de 2020.

Imagem: cartaz soviético, Pinterest

Edu Cezimbra


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