"Não há ervas daninhas, nem homens maus. há, sim, maus cultivadores", já disse Victor Hugo.
Uma epígrafe perfeita para este filme que aborda o tema dos excluídos, perseguidos e indesejados pela sociedade francesa.
Wael é um menino do Oriente Médio que perdeu toda a família nos conflitos políticos-religiosos do seu país.
Menor abandonado nas ruas de sua cidade aprende, desde muito cedo, a roubar em meio a uma sociedade desorganizada.
Adotado por uma freira francesa passa a morar em Paris, onde ambos sobrevivem de pequenos golpes.
Até que são flagrados por um velho ativista social que os leva para um serviço voluntário em um centro de acolhimento para adolescentes rebeldes.
Wael se vale de "métodos" nada convencionais para ganhar a confiança da turma e, aos poucos, vai lhes ensinando a sobreviver em uma situação de exclusão social.
O filme poderia ser rodado no Brasil por sua denúncia da desigualdade social, da educação precária e da falta de oportunidades para esta população em situação de vulnerabilidade.
Dá o recado porque mostra que é possível recuperar menores sem os criminalizar, respeitando suas culturas.
Por isso, Wael é um bom cultivador pelo critério de Victor Hugo.
Porto Alegre, 16 de dezembro de 2020.
Imagem: divulgação, Google
edu cezimbra
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