Depois de celebrado romance "O Coronel e o Lobisomem", de José Cândido de Carvalho, vem aí o "Capitão e a Mula Sem Cabeça".
Trata-se desta combinação do realismo fantástico com o folclore brasileiro, ou de seus mitos, como queira...
Já temos o Boto que se transforma em homem para seduzir as donzelas.
Surge agora o Capitão que se transforma em Mula Sem Cabeça.
A transmutação ocorre toda vez que o Capitão é forçado a usar a cabeça.
É nesse preciso e repetitivo momento que ele perde a cabeça e vira um quadrúpede soltando fogo pelas ventas, digo, pelo pescoço.
A Mula Sem Cabeça é muito avistada na Floresta Amazônica, no Cerrado e no Pantanal botando fogo em tudo.
A Mula Sem Cabeça tem muita dificuldade em usar máscara, por óbvio.
Quando questionado sobre seus erros crassos e falta de responsabilidade, daí mesmo é que perde a cabeça, sai dando coices à torto e à direita.
Diante de tantas cabeçadas, digo, mancadas, designaram um general para enquadrar o capitão.
Só que o General se revelou uma Besta Quadrada, só carrega o Capitão nas costas.
Por isso, depois de "O Capitão e a Mula Sem Cabeça" aguarde "O General e a Besta Quadrada". ambos baseados no realismo fantástico e na mitologia brasileira, friso, sem nenhuma semelhança com a realidade brasileira.
Porto Alegre, 19 de janeiro de 2021.
Imagem: Mula Sem Cabeça, Pinterest
edu cezimbra
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