terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Cléo e Marco Antônio

 


Cléo vivia confortavelmente em sua casa de praia no condomínio Alto Egito em Atlândida e era a Rainha do Lar.

Marco Antônio era um conquistador, um amante latino, por assim dizer.

Um certo dia Marco, para encurtar, resolveu passar uma temporada na praia e viajou para Atlândida.

Cléo morava na rua Alexandria, esquina avenida Tebas, no condomínio Alto Egito, lugar valorizado em Atlândida.

Marquinho, além de conquistador, era um especulador imobiliário, e ao botar o olho grande no Condomínio Alto Egito, do qual Cléo era a síndica, resolveu tomar conta do pedaço sem gastar muito.

Marquinho, ao invés de oferecer dinheiro ofereceu seu coração.

- Cléo, Rainha do Lar, assim que te vi fui atingido pela flecha de Cupido!

- Ai, Marquinho, isso não é filme de índio e tu não é nenhum mocinho - zoou Cléo.

- Não, Cléo, minha Rainha do Lar,  isso está mais para filme de espada, se é que me entendes...

- Ui, Marquinho, assim me assustas, sou uma mulher de direita!

- Cléo, casa comigo, e além de Rainha do Lar serás a Rainha das Noivas.

- Ai, que romântico, Marcão, mas não nos precipitemos, antes vamos ver se combinamos - fez-se de rogada a Cléo.

- Cléo, aceite o meu pedido e te darei o mundo!

- Ora, Marquinho, seu exagerado, deitado aos meus pés, eu já tenho muito trabalho em ser síndica do Condomínio Alto Egito, não daria conta do mundo!

Nisso entra apressada a empregada doméstica, com o telefone na mão.

- Dona Cléo, telefone do seu Júlio César para a senhora.

Marco Antônio apenas resmunga antes de sair de cena: - fudeu... 


Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2021.

Imagem:Pinterest

Edu Cezimbra

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