O ar traz a cancão dos pássaros, fonte de inspiração para os poetas e compositores.
Fica, então, a minha dica para quem busca inspiração: o ar puro permite
que nos troncos das arvores se formem fungos, os chamados líquens, com a coloração rósea para o avermelhado, indicando a sua pureza. São, portanto, em lugares onde há
mato, afastado de grandes avenidas cheias de carros e motos, que é possível desfrutar desse ar puro que nos areja a mente e o corpo.
Não é a toa que se diz "sair do sufoco"... precisa ar . Como a
água ele se faz lembrar quando falta. Lembro de um congestionamento que enfrentei em um túnel em São Paulo, foi grande a sensação de sufocamento por causa da fumaça dos veículos presos no túnel com motor ligado.
Por ser invisível o ar aparece aos nossos fracos sentidos na forma de brisa, vento, nuvens e céu azul. E quem morre vai para o céu se foi bom em vida...
Quem cria uma atmosfera sabe que ela se forma por indicadores, por detalhes sutis. Um ambiente com plantas e flores sempre tem um ar mais limpo.
Aspirar algo diz dessa busca de propósito. O pneuma, palavra grega que significa respiração também é usada como espirito. Nada mais representativo desta busca incessante de ar do que um suspiro. Falta folego ao lembrar de algo ou de alguém que se ama e o suspiro vem acompanhado de um “ai”...
Já os iogues reconhecem valor do pranaiama e desenvolveram técnicas de limpeza do nariz com potes especialmente desenhados para inalar água morna e facilitar uma melhor respiração.
E, nada melhor que tomar uns ares, ainda mais se for ar da serra, do mar, do campo, da mata para arejar a cuca e lembrarmos quem somos e porquê estamos aqui!
Edu Cezimbra, primavera de 2015.
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