Veneza,
sem nenhum exagero, não tem igual no mundo. Não fosse seu
reconhecimento e fama
internacionais,
ao descrevê-la pensariam que se tratasse de ficção, surrealismo ou
realismo fantástico, dada a sua construção entre múltiplos canais
que se entrecruzam e permitem a passagem de centenas de gôndolas em
que o gondoleiro precisa se abaixar ao passar debaixo de suas
pequenas pontes de pedra.
A
chegada na estação ferroviária já se dá às margens do Canal
Grande causando deslumbramento a quem desce os seus
degraus.
Veneza
é uma cidade única no mundo, embora ocasionalmente algumas cidades
brasileiras adquiram suas feições devido aos alagamentos e
enchentes de seus rios...
Com
toda sua urbanização feita entre canais de água com pontes de
pedra ligando suas estreitas vielas, o turista passeia a pé ou em
gôndolas, lanchas ou barcos chamados de “vaporettos”, jamais de
carro, ônibus ou metrô.
Tem
diante dos sentidos uma cidade medieval com seus sobrados, com uma
arquitetura com traços orientais, vitrines repletas de máscaras do
carnaval veneziano, vidros coloridos, aromas e perfumes (como era
inverno não senti o tão falado mau cheiro de seus canais).
Uma
grande pedida em Veneza é subir ao campanário da Piazza San Marcos
para ter uma vista panorâmica com um mar esverdeado, ilhas cheias de
palácios, palacetes e igrejas, bem como os telhados vermelhos que
dão um colorido especial a uma paisagem de tirar o fôlego. Fique
preparado para o badalar de enormes sinos bem junto dos ouvidos
quando estiver no alto campanário!
São
muitos os prédios que tem suas portas de entrada nos canais, até
hotéis são acessados pelas gôndolas pretas, que estão espalhadas
por toda a cidade dando o toque romântico com seus gondoleiros de
camisa listrada e chapéus de palha com fitas vermelhas que quebram
com seus gritos folclóricos o silêncio de uma cidade sem o
costumeiro ruído de carros e suas buzinas de todas as grandes
cidades.
Vale
passear pela cidade, tanto caminhando por suas ruas estreitas quanto
navegando pelos seus canais.
Fizemos inicialmente uma caminhada desde
a estação ferroviária até o mercado de Rialto, passando antes
pela Piazza San Marco e pela Ponte dos Suspiros, perto da praça, que
leva este nome não pelos suspiros dos amantes, mas pelos suspiros
dos prisioneiros, pois liga o palácio dos doges a uma prisão.
No
retorno para a estação ferroviária pegamos um “vaporetto”,
espécie de ônibus aquático que faz a ligação entre os
principais pontos turísticos de Veneza e que navega pelo Canal
Grande e proporciona uma vista privilegiada de todos os palácios às
suas margens.
Inesquecível
esta Veneza, fonte de inspiração para tantos poetas e romancistas,
artistas e cineastas, compreensivelmente, quando se constata com
seus próprios olhos!
Edu Cezimbra,
Veneza, Itália, 15/02/2016
Lindo relato que retrata a beleza e singularidade que bem lembro dessa magnífica cidade, obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirMagnífica cidade, sim! Grato, amiga!
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