Um aspecto que muito chamou minha atenção neste périplo por países europeus foi a mobilidade urbana ancorada no transporte público de qualidade com ênfase nos trens, bondes e barcos.
Lisboa tem bondes (elétricos) ligando os principais pontos da cidade e trens integrados com um serviço de vários catamarãs, atravessando o Rio Tejo, que poderia perfeitamente ser adotado por uma cidade como Porto Alegre.
Na França, mais de 90% dos viajantes preferem o trem de alta velocidade para cruzarem o país em uma viagem confortável, silenciosa e segura.
Londres conta com linhas de metrô (underground e overground) ligando todos os bairros da cidade, sempre com muita eficiência, embora caro, e uma rede de canais por todo o campo que escoa a produção agrícola do país em chatas, minimizando significativamente o tráfego pesado de caminhões por suas rodovias.
A Suécia coloca à disposição de seus cidadãos uma rede de trens novos auxiliados por modernos ônibus movidos a biocombustível também conectados a barcos que cruzam o estuário do lago que banha Estocolmo.
Enfim, percebe-se nitidamente que não foram engambelados pelas Ford e General Motors norte-americanas, como foi o Brasil, que já contou com todas estas opções eficazes e sustentáveis de transporte público.
Porto Alegre, 23 de janeiro de 2018.
Fotos: Francisco Cezimbra
Edu Cezimbra
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