Quantas horas trabalhadas
para com seu suor mendigar
na fadiga de si mesmo isolada
a fome de uma noite sem jantar.
Quem se não enxerga perdido
em torno de vicioso círculo
doente, tonto e sem sentido
na mecânica rotina do dia.
Para quem se sacrificaria
a cada batida crua do martelo
a se pregar em cruz própria,
Enquanto, por cruel libelo,
aguarda o roçar da foice fria
fazer da morte sua previdência.
Porto Alegre, 09 de dezembro de 2016.
Charge: Vitor Teixeira/ MAB
Edu Cezimbra
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