Mais que ideologias as cores espelham e catalizam nossas emoções básicas, aí sim, sujeitas a manipulações ideológicas.
No Brasil, então, as colorações ideológicas tem se realçado na polarização político-partidária.
Camisas da CBF versus camisas vermelhas da esquerda disputam seu espaço a tapa nas ruas e avenidas das cidades brasileiras.
Esse maniqueismo político irracional contra um partido é muito perigoso para a democracia.
A ojeriza contra o vermelho deixa para o touro...
Mas o Papai Noel tem de ser vermelho (quem pintou de vermelho o Papai Noel foi a Coca-cola)... Embora, às vezes, o 'bom velhinho' se pinte de azul, especialmente neste final de ano, no RS.
Lembro que na minha infância defendia o time do coração porque tinha o azul 'cor do céu' contra o vermelho 'cor do diabo' do adversário.
Bem pueril, coisa de guri bobo, se o azul é a cor do céu também é a cor da depressão (blue), podia ser a cor do inferno...
Agora, convenhamos, adultos ficarem brigando por cores partidárias como se fossem times de futebol já é demais, - não bastassem as trágicas brigas de torcidas.
Pobre do arco-íris se ficarmos nesse 'preto no branco'.
Essa ideia de por 'o preto no branco' pode dar em dias cinzentos.
Muito contraste termina em um borrão, uma confusão danada em que ninguém se enxerga.
'Ou isso ou aquilo', 'ou dá ou desce,' horrível. Que tal lembrarmos mais dos matizes?
Há tantos matizes em apenas uma cor...
Quantos tons de verde nossos indígenas conseguem distinguir no verde da floresta!
Quantos tipos de neve os esquimós sabem diferenciar.
Um jardim é composto de flores de muitas cores para ser atraente. Que monótono um jardim só de uma cor...
Aqui entre nós, se é para apreciarmos todas as cores, ao invés dos 'manifestantes políticos', deixemos para os pintores, que as usam com arte.
Porto Alegre, 08 de dezembro de 2016.
Foto: Francisco D. Cezimbra
Edu Cezimbra
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