Síndrome do Pânico, Síndrome de Tourette, Síndrome de Estocolmo, entre tantas outras, são sempre tratadas como "casos isolados".
- Não consigo sair de casa, tenho medo da violência...
- Vai sair, sim senhor! O que é isso?! Você um homem ou uma ameba?!
- Ameba...
- Ameba também se mexe!
- Tá, então sou um monte de...de...
-...?
- ...Merda!!!
- Até merda se mexe!
Tratadas invariavelmente como problema pessoal, as síndromes - sejam quais forem - têm uma dimensão social, seja na sua gênese, quanto no seus custos para a sociedade, afinal todos vivemos nela...
- Mas tem alguém que trata as síndromes como questão social?...
- O cinema e a TV.
- Como assim, hein?!...
- Ora, quando uma multidão sai correndo desabaladamente fugindo de um fundo branco sem nenhuma ameaça real e um efeito especial cria um monstro ou tsunami, o que é isso senão uma síndrome do pânico?
- Ôrra meu, pior...
- E a TV é especialista em criar síndromes de pânico sociais sempre "dirigidas" e escusas, capazes de derrubar um governo, por exemplo.
- Ah, isso já é paranóia...
- Se os paranóicos soubessem da metade do que lhes aprontam com a manipulação das notícias íamos ter uma "síndrome paranóica social".
- Será?!...PQP!!!
- Aí temos a Síndrome de Tourette: dizer palavrões o tempo inteiro...
- Ah, não fode!!!
Viu?... Mas mais grave que dizer palavrões é virar robô da Rede Globo...
Porto Alegre, 06 de março de 2017.
Charge: Quadradinhos. net
Edu Cezimbra
-
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário