segunda-feira, 15 de julho de 2019

O Réquiem de Django








O verdadeiro Django não usava as balas de revólver, mas as cordas de sua guitarra para fazer dançar.

Django Reinhardt, não era pistoleiro, mas um excepcional bluseiro europeu.

Django foi um músico cigano, nascido na Bélgica. Tocava jazz junto com seu quinteto e fazia muito sucesso nas casas de espetáculo parisienses durante a ocupação alemã da França.

A história de Django, que teve sua carreira arbitrariamente interrompida, é a história de milhares de ciganos perseguidos pelos nazistas.

Os ciganos também sofreram um holocausto - pouco conhecido por pouco contado -, talvez por ser um povo sem a alfabetização ocidental, como mostra o filme "Django".

"Django" supre esta lacuna imperdoável...

É de Django Reinhardt a frase lapidar deste filme: "nós, ciganos, não fazemos guerra".

Sem alfabetização e sem formação musical, com uma deficiência em sua mão esquerda (o que realça ainda mais o seu talento), Django Reinhardt deixou uma obra musical reconhecida na Europa.

Esse legado musical culmina com o "Réquiem dos Irmãos Ciganos", do qual restaram pequenos trechos.

Trechos que já são suficientes para comprovar a genialidade desse músico cigano.

Executado apenas uma vez, em Paris, logo após a liberação da cidade, é um "gran finale" para este belo filme, que inaugurou um Festival de Cinema de Berlim.

Aqui não há ironia, mas "maestria da história".

Enfim, em tempos difíceis como estes, consola saber que já houve tempos ainda mais difíceis, que foram superados...

Trailer:




Porto Alegre, 15 de julho de 2019.

Imagem: Google

Edu Cezimbra

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