Há mais semelhanças que a fonética entre as velas e as velhas...
Uma velha leva uma vela para acender em uma igreja.
Na igreja, a vela é colocada pela velha junto a outras velas.
Todas as velas estão acesas assim como acesas estão as velhas.
Uma fumaça densa sobe aos céus como fumaça de rezas, súplicas e promessas simulando antigos rituais de sacrifícios.
As velhas são carolas e não querem saber de outras coisas que não sua crença.
Sabem, porém, que "não presta" quando se apaga uma vela com um sopro...
Deve vir daí o trocadilho "apagar a velhinha".
Por isso, as velas de promessa são grossas e longas para demorarem a queimar.
As velhas não querem saber quando a vela vai derreter toda; sabem, outrossim, que vão durar bastante...
Assim, quando uma velha morre, uma vela se apaga para sempre.
Para sorte dos fabricantes de velas há sempre uma renovação das velhas, por assim dizer...
Não podemos negar que, hoje, mais do que nunca, há velhas que não gostam de velas, talvez porque não gostem de ser chamadas de velhas.
Porto Alegre, 13 de dezembro de 2019.
Imagem: cena de "Cria Cuervos", Google
Edu Cezimbra
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