Resistência e consciência socioambiental
Por Eduardo Sejanes Cezimbra
Artesanato de coco, dança do coco, renda de bilro, culinária, cordel, jangadas, praias desertas, camarão, lagosta, águas verdes, manguezais, barracas na praia . O que mais?… E precisa mais?!
Ah sim, muitos coqueirais, piscinas naturais, rio, enfim, a Praia do Balbino, uma pequena vila de pescadores com 200 famílias. é uma atração turística do Ceará.
Não deixe de visitar o Coco Balbino, uma loja de artesanato instalada em uma típica casa de pescador oferece peças das mais variadas, desde colares, suportes para mesas, esteiras, tudo confeccionado com o coco e também do próprio coqueiro.
No final da tarde, ao invés de sentar na sala e ver TV, o povo se reúne em frente a igrejinha do povoado para brincar o coco, uma dança popular do nordeste brasileiro, de origem afro-indígena, acompanhada por tambores, ganzá e triângulo que marcam um ritmo agitado e saltitante com canções originais.
Dona Francisca Ferreira Pires é considerada “Tesouro Vivo da Cultura” título honorário concedido pelo governo do estado, faz renda de bilro, artesanato típico da região onde mora há décadas.
Contou para o programa Expedições Ceará da TV Diário da sua luta obstinada em defesa de sua terra, de sua cultura e da natureza deste lugar paradisíaco no litoral a pouco mais de 60 km de Fortaleza. Por isso, área cobiçada pelos especuladores imobiliários que de há muito tentam “grilar” os terrenos que por herança passam de geração em geração para os nativos da Praia do Balbino, no município de Cascavel.
A vida era muito tranquila para esta pacata comunidade de pescadores, coletores e artesãos até meados da década de 80, quando um açambarcador de terras começou a queimar cercas de morador da região e a partir daí a luta de Dona Francisca foi pela preservação desta região à beira-mar com mata, dunas e manguezais.
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