sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A Comédia da Vida


“Terei representado bem a comédia da vida? Se estais contente aplaudi.” - Augusto
A “Divina Comédia” seria uma comédia da vida ou da morte?

Para o erudito é óbvio que é uma comédia da morte, ou melhor, do post mortem.

Tanto que Balzac escreveu “A Comédia Humana” para, humildemente, complementar “A Divina Comédia”. Sem maiores pretensões…

Óbvio que “A Comédia Humana” é da vida, embora seja de morte.

Augusto, quando proferiu o dito em epígrafe, provavelmente se referia a todas as convenções, protocolos, cerimônias e acontecimentos a que era obrigado comparecer por dever de ofício. 

A comédia da vida de Augusto é uma comédia humana mais que uma divina comédia, embora o imperador fosse um deus para os romanos.

Diria que diante de tanto sangue derramado para impor a “pax romana” a comédia da vida de Augusto estivesse mais para uma tragédia.

Mas o que esperar de quem tinha por diversão ir ao circo para rir com a morte de gladiadores e ver prisioneiros de guerra estraçalhados pelas feras?

O pior é ver presidente fazendo-se de comediante enquanto morre tanta gente devido a seus "ditos"...

Mas o que esperar de um farsante?

Porto Alegre, 27 de dezembro de 2019.

Imagem: Google

Edu Cezimbra


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