"Pela primeira vez ele viu um mundo que era maior do que aquele em que era nascido."Assim expressou-se um certo leitor ao ser apresentado à literatura.
A citação é do filme "As Palavras", um bom filme sobre o processo de criação literária e serve de mote para refletir sobre o mundo.
O mundo é um mundo que depende da visão de mundo de cada um.
Por isto, são muitos mundos. Podemos falar, então, em visões de mundos.
As visões de mundos não são a visão do mundo. Esta é privilégio dos astronautas, mesmo assim, de uma face do mundo...
Aquelas para os leitores de Julio Verne, Emilio Salgari, Umberto Eco, entre tantos.
Não são leituras obrigatórias, mas para adquirir visão de mundo há obrigatórias leituras.
Até mesmo para Karl May, que escreveu sobre vários mundos sem visitá-los, assim como fez o brasileiro José de Alencar.
Só não faça como Hitler, que era fã do Karl May, e achava que conhecia o mundo por mera leitura ficcional. Deu no que deu...
Portanto, fica a lição: uma visão do mundo advém da leitura do mundo; a realidade e a ficção são próximas, mas não são a mesma coisa, como bem disse um escritor, personagem de "As Palavras".
Porto Alegre, 1º de junho de 2020.
Imagem: Pinterest
Edu Cezimbra
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