A brisa assoprou no ouvido da nuvem:
- Tu és muito volúvel, sempre ao sabor dos ventos.
A nuvem respondeu de pronto:
- E tu és muito fracote, não passas de um sopro.
- Tu és muito leviana, nunca sabes aonde vais.
A nuvem não se deu por vencida.
- Eu sou a que leva chuva por onde quer que passe.
A brisa cantou vantagem.
- Eu sou a que traz o perfume das flores da primavera.
- Agradeça a mim, que é quem fertiliza a terra para que floresçam as plantas.
- Sem mim tudo ficaria parado, na maior tristeza.
Um vento soprou forte e a brisa e a nuvem terminaram a disputa de beleza.
Moral da fábula: quem muito se gaba se dá ares de importância mas passa em brancas nuvens.
Porto Alegre, 13 de maio de 2021.
Imagem:
Edu Cezimbra
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