domingo, 9 de maio de 2021

Quando o Papa virou Presidente

 


Um Deus preside a Nação!

- Ó, que heresia! - dirão juristas, cientistas e filósofos.

- Amém! - dirão pastores e crentes.

Pasme, mas o Estado tem muito de eclesial, sim.

Tem até quem fale palavrão: "Eclesiasticismo do Estado".

Há toda uma hierarquia que mantém o Estado acima de tudo.

E isso não tem a ver com slogans, não Senhor!

Por isso, dizer que o Estado é laico é bem relativo.

Seria como dizer que a Igreja é leiga, percebe?

Então - como quase todos sabem -, o Estado Moderno teve que buscar formas constitucionais de controlar o poder absoluto do Papa, digo, do Presidente.

Porém, até mesmo a Igreja tem eleição para Papa, bem verdade que é indireta, um colégio eleitoral composto por cardeais que elege um deles.

O Papa só sai do trono quando morre e, logo após, convocam o colégio dos cardeais.

Muita fumaça preta sai da chaminé da Capela Sistina até finalmente sair uma fumaça branca anunciando "habemus Papa"!.

Tem estado tão, mas tão eclesiástico que já tem presidente exclamando: - só Deus me tira do trono!

É por isso que tem tanta gente aguardando o anúncio: "Habemus Presidente!"...


Porto Alegre, 9 de maio de 2021.

Imagem: Coroação de Napoleão, Google

Edu Cezimbra

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