Poto Alegre, 30 de junho de 2019.
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Edu Cezimbra
Blog de Eduardo Sejanes Cezimbra para escrever sobre a vida, rascunhando impressões, como se manuscrito com caneta-tinteiro e mata-borrão. "Escrevo porque preciso, publico porque amo."

"O passado estava fora do alcance, o futuro fora adiado e o presente era amargo."Calma, caro e raro leitor, não se trata de uma frase sobre o Brasil, como parece, mas de uma afirmação do historiador Eric Hobsbawn, no livro "A Era dos Extremos".




"Só a ficção nos salva."
Antiga Estação de Severino Ribeiro, Quaraí, RS. A solidão se faz presente em quase todas as estações do ramal de Quaraí. Neste caso,mais ainda, pois o velho prédio da estação está em ruínas. Mesmo estando em uma área bem isolada, ali existia uma bilheteria, a parada nessa estação era facultativa, o que significa muito provavelmente que a estação já havia sido fechada há muito tempo.O pátio possuía um triângulo de reversão, com a estação bem em frente ao lado reto do triângulo. Os guias Levi ainda acusam a passagem de trens pelo ramal em 1979. Já os guias de horário da RFFSA não acusam mais esses trens em 1982. ( Memória Ferroviária da VFRGS)

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| O cavaleiro diabólico que apareceu a Lino Pedra Verde (legenda do livro "A Pedra do Reino") |
A definição da erva-mate pelo antropólogo Lévi-Strauss como “amarga e cheirosa ao mesmo tempo, como uma floresta inteira concentrada em algumas gotas” diz de uma forma poética muto das qualidades desse chá, “considerando-o como um rito social e vício privado”.
Em seu livro Filtros, Mezinhas e Triacas: as drogas no mundo moderno, tese de mestrado do historiador Henrique Carneiro, de onde extraímos a poética definição da erva-mate, há uma breve história da proibição do consumo do mate que vale muito destacar: O mate foi proibido em 1596, por Hernandárias, governador da Província do Paraguai. Mas a proibição em nada impediu a propagação do vício, que o governador Diogo Marín Negrón denunciava nos seguintes termos ao rei da Espanha: “Há nesta governação, geralmente em homens e mulheres um vício abominável e sujo, que é tomar algumas vezes ao dia a erva com grande quantidade de água quente, com gravíssimo dano do espiritual e temporal, porque tira totalmente a frequência do Santíssimo Sacramento e faz aos homens preguiçosos”.