Ao comentar sobre o fiasco do atletismo brasileiro em Moscou veio à tona, do fundo do baú da memória, um episódio dos meus tempos de aluno ginasial no, hoje, para mim, longínquo Alegrete.
Fazíamos um jornalzinho mimeografado e entre outras notas do cotidiano escolar e citadino escrevi sobre o baixo desempenho brasileiro nas Olimpíadas de Munique de 1972 (apenas 2 medalhas de bronze).
Depois de uns dias de distribuição do jornalzinho, qual não foi minha surpresa, ao ser chamado à sala da secretaria da escola para ser severamente censurado por ter feito a óbvia constatação de que o Brasil, na época com 90.000.000 de habitantes, deveria proporcionalmente ter melhor desempenho nas ditas Olimpíadas.
Na minha ingenuidade adolescente, entre os 13 e 14 anos de vida, desconhecia completamente que estávamos em plena ditadura militar. E que, a julgar pelos atuais resultados do atletismo brasileiro persiste, inercialmente.
Porto Alegre, 13 de agosto de 2013.
Edu Cezimbra
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